quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fé e Razão

Desde séculos, a luta pela divisão entre ciência e religião se estabelece. Uma briga pela liberdade de pensamento marca a história com sangue, principalmente na idade média, onde o poder religioso estabelecia as regras e possuía as chaves da ascensão da ciência.
Cientistas, filósofos, sábios e políticos comprometidos pelo poder retrógrada da então estabelecida Igreja. Interessante não é a luta passada pelo divórcio entre ciência e religião, mas as evidências que por si só lembram que ambas sempre estiveram casadas, e que hoje, as mentalidades mais desapegadas das euforia partidárias e ideológicas conseguem, através do simples olhar puro e sincero enxergar essa realidade que está além das superstições religiosas, que levam a uma ignorância existencial, e das masmorras do altos conceitos racionais que omitem a verdade da ciência da fé no ser humano.


Não seria porque o óleo e a água não se misturam que devêssemos anular a importância de uma dessas substâncias. Ambas possuem papeis distintos, como também a filosofia e a teologia. A primeira lubrifica as engrenagens da compreensão enquanto a segunda lava as rebarbas e imperfeições existentes nos corações em que são trabalhadas as verdades essenciais. A diferença entre elas está que, quando a filosofia alcança o seu limite questionando a causa da existência, a teologia começa daí apontando para um Ser pessoal, infinito e bom que cria tudo a partir da sua Palavra.
                                                                             Freitas, Deniel de Souza; Teólogo
                                                                                                                                              
No entanto, é ignorância abandonarmos parte daquilo que somos, ou seja, a ciência está em nós, é boa e necessária, e tão necessária que ela mesmo não possui limites. Verdade é que muito me surpreende ver indivíduos da ciência que limitam a própria ciência.
Não podemos negar a existência da fé, sobretudo que a fé é diferente da racionalidade humana apenas, portanto, a racionalidade humana está sempre acompanhada por um cunho egoísta. Por que o criacionismo é tão repugnante para a "ciência"? Na lógica humana à indícios de uma complexidade magnífica no funcionamento do universo, na vida, e principalmente no ser humano e isso é inegável.
Pense nisso, não seria injusto e tendenciosa a omissão da existência da fé coerente à ciência? A Bíblia, por exemplo, é um manuscrito de uma complexidade notável e espantosa em comparando com todos os outros que existem.
Não há lado nessa história, há uma verdade, e essa verdade deve ser compreendida por cabeças que lavaram suas mentes dos preconceitos e fantasmas que o egoísmo humano produz, e de igual modo conseguem aceitar a verdade dos fatos.
Veja a questão da arqueologia. A Bíblia já foi desmentida e posta em descrédito muitas vezes até ser provado o contrário, ex: A inexistência da cidade de Ur dos Caldeus; A inexistência do Rei Davi; em fim, até quando seremos inimigos dum tesouro disponível e consistente que é a Bíblia Sagrada?
Em suma, há muitos que estão revendo seus conceitos e aprendendo a analisar os fatos por outra ótica, libertando-se para um conhecimento maior e mais excelente, explorando um novo e magnífico universo que está em tudo e em todos, o mundo espiritual!

"...Em segundo lugar, e menos importante, minhas atitudes mudaram. Embora na juventude estivesse total e apaixonadamente persuadido da veracidade e da relevância do ateísmo, convenci-me mais tarde de que o cristianismo era uma visão de mundo muito mais interessante e intelectualmente estimulante."                       
                                                                                  McGrath, Alister; em: O Delírio de Dawkins. 
Professor de teologia histórica da Universidade de Oxford e pesquisador sênior do Harris Manchester College. Possui doutorados em biofísica molecular e em teologia pela oxford.

2 comentários:

  1. O conhecimento é em si uma questão de fé. O cientista acredita no que os olhos vêem ou no que os seus aparelhos medem. E por quê acreditam? Porque são informações passíveis de verificação, ou seja, são experiências que podem ser repetidas e cujos resultados podem ser igualmente obtidos por quem quer que seja em qualquer lugar. A fé, nesse aspecto, não é muito diferente, apesar de ser essa uma afirmação controversa: a experiência religiosa está a disposição de todos, mas nem todos a desejam.

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  2. Acredito que fé e ciência se misturam e as comprovações científicas apenas evidenciam a existência do Deus criador.

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